Com o passar do tempo, os problemas de Tohoku ocupam cada vez menos espaço nos noticiários e todos voltam ao seu cotidiano, esquecendo daqueles que ainda nem se quer têm um emprego, uma casa, um amparo ...
Fiz uma pequena viagem pelas províncias de Iwate, Miyagi e Fukushima, com várias finalidades: ainda não conhecia esta região, tem uma das cerejeiras milenares, Miharu Takizakura, estipulado como monumento natural nacional, ver com os próprios olhos os problemas do tsunami e do acidente nuclear e porque visitar (turismo) é uma grande forma de auxílio para a reconstrução.
Se o turismo (pode até ser só para ver o estrago do tsunami) for intensificado, haverá consequentemente maior circulação de 'dinheiro' na região e desenvolvimento.
E tentarei apresentar em capítulos um pouco do que vi e senti durante a viagem.
Vou começar com a parte mais pesada, que fica como reportagem dos estragos do tsunami e do acidente nuclear. A parte mais bonita, gostosa e pitoresca fica para depois.
Província de Miyagi, Cidade de Watari, arrasada pelo tsunami.
Só restaram a base em concreto das casas. Logo após o tsunami, a brigada militar, polícia, corpo de bombeiros, funcionários públicos de várias regiões do país e também centenas de milhares de voluntários vieram fazer buscas de sobreviventes, corpos e objetos que possam ser retornados aos donos.
O terreno já está limpo.
A única casa que permanece em pé está inclinada para esquerda, pelo efeito do tsunami e está abandonada. Lá nos fundos, coberto com lona azul está o quebra-mar que não conseguiu bloquear o tsunami.
Mercado destruído, a água entrou pelos fundos.
Uma linda casa, continua em pé, mas inutilizada.
Os barcos danificados.
Os carros que se resumiram em ferro-velho.
Observem a lona azul esperando o reparo do telhado. Vi muitas casas e prédios nestas condições, com o telhado danificado pelos sucessivos terremotos e vendavais, precisando de conserto, mas na região está faltando material e técnicos habilitados.
Província de Fukushima.
O que está embaixo desta lona azul, é a camada superficial do solo contaminado pela radiação. No caso da foto é para recuperar a terra agrícola, mas por toda a região contaminada foi feita esta 'raspagem' superficial para abaixar os níveis de radiação nuclear.
1-gosteii da materia
ResponderExcluir2-é realmente incrivel a capacidade q o povo japones tem de se re-erguer, ou melhor a diciplina deles mesmo em momentos como esses.
3-eu faço faculdade de turismo, e o que vc falo esta realmente certo, o turismo pode sim ser usado como uma ferramenta para ajudar reconstruir essa região, aqui no litoral do parana foi a mesma coisa, teve as fortes chuvas em março do ano passado ou retrasado, e a prefeituras das cidades atingidas apostaram no turismo como chave pra reconstrução, e deu certo.